Artigo

É hora de se reinventar

Beatriz Frias

Apesar de muitos dizerem que nosso destino está escrito, eu ainda prefiro acreditar no poder das nossas escolhas. E que, apesar de não termos o controle das circunstâncias do ambiente externo, podemos sim escolher diferentes caminhos através de nossas decisões do dia a dia.

Mas, que tipo de circunstâncias podem ser estas?

Bom, um exemplo nítido para nós brasileiros neste momento é a crise pela qual estamos passando. E digo ‘estamos’ no plural, pois ela acaba nos afetando, financeiramente falando. Uns mais, outros menos.

Eu já perdi a conta de quantas vezes me deparei com a frase: “Tire o ‘S’ da crise, CRIE”. Eu mesma já escrevi um artigo sobre a relação entre a crise e a oportunidade. O problema é que nem tudo é tão fácil quanto parece, não é mesmo?

O momento em que mais precisamos da criatividade, ela nos escapa. Até mesmo porque em situações de tensão e pressão, geralmente nossos processos de criação ficam um tanto quanto ‘capengas’.

Mas, será que a crise afeta somente o nosso bolso? Certamente não. Acredito que ela acaba interferindo muito mais. Ela está presente na energia do país, no coletivo, ou seja, na energia das pessoas.

Com isso, nossa vida – como um todo – pode acabar sofrendo uma certa ‘turbulência’. E, consequentemente, nosso estilo de vida também. Seja pela ansiedade, pelo desespero ou mesmo pelo desânimo, que vez ou outra pode nos contagiar.

Agora, retomando a relação entre a crise e a oportunidade, podemos aqui fazer uma simples comparação: como, por exemplo, nós precisamos engordar alguns quilinhos para, então, cuidar mais da alimentação e procurar outros métodos em nossa rotina.

Esta é uma regra básica. Tomamos uma atitude quando algo não parece bem. O que não é ruim. O pior – certamente – seria não conseguir reagir diante das más circunstâncias. Se errou ou percebeu que o caminho está errado, é possível corrigir a rota.

A mesma lógica também acaba sendo aplicada em outras áreas. Geralmente são nos momentos de angústia que nós nos superamos. Que conseguimos sair da nossa zona de conforto, para tentar algo diferente. São oportunidades de mudar, de recomeçar. De pensar em outras alternativas…

E é neste ponto que, na maioria das vezes, começamos a nos dar conta de certas oportunidades, as quais antes passariam sem sequer serem notadas. Daí, podemos concluir de que na crise, há a oportunidade.

Bem, mas eu não estou aqui para passar uma receita mágica, tampouco para dizer o que é pior ou melhor a ser feito. Vivemos todos em uma constante busca. É assim que aproveito para convidá-lo a encontrar o seu caminho, ao invés de procurar o caminho do outro. É hora de se reinventar.

 

Artigo publicado originalmente na Revista ARRASO | Design & Decor * edição n.64 *

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Artigo

Na crise, a oportunidade.

Na crise, a oportunidade.
Na dificuldade, as grandes mudanças.
Na angústia, a criatividade.

Cá estou, numa noite de terça-feira, buscando inspiração para conseguir compartilhar algo bacana com vocês, caros leitores. Assim como existem dias em que estamos motivados para praticar esportes e semanas produtivas em nosso trabalho, também existem dias em que temos uma imensa dificuldade para conseguir finalizar qualquer coisa que seja.

Da mesma forma, isto acontece na hora de escrever. Assim como há momentos de grandes inspirações, temas extraordinários para abordar, ideias inovadoras… Existem, também, dias em que simplesmente ‘não vai’. Você tenta um pouco por um lado, por outro e nada!

Acredito que a arte de escrever pode ser muito desenvolvida a partir de um bom vocabulário e um bom português, porém, ela só conseguirá conquistar seus leitores, na medida em que, conseguir colocar nas palavras aquilo que vem da sua singularidade.

Pensamentos, ideias, crenças, emoções. Ou melhor, na medida em que conseguimos exteriorizar nossos sentimentos e transformar a crise da angústia, em arte. Seja ela a arte da escrita, da pintura, da música. A partir daí, a palavra passa a levar consigo seu cheiro, seu gosto, seu sabor.

Passa-se, então, pelo momento de crise, da angústia. Vale aqui, fazer um paralelo com um pensamento maravilhoso – A Crise segundo Eisntein:

“Não pretendamos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a maior benção que pode acontecer às pessoas e aos países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, assim como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem os inventos, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar ‘superado’. Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais os problemas que as soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e as soluções fáceis. Sem crises não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crises não há méritos. É na crise que aflora o melhor de cada um, porque sem crise todo vento é uma carícia. Falar da crise é promovê-la, calar-se na crise é exaltar o conformismo. Em vez disto, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la.“ (Albert Einstein).

Na maioria das vezes, os grandes feitos são frutos das grandes angústias e dificuldades, assim como as grandes mudanças. Daí surgem os insights e as inovações. Surgem também ideias e textos, bem como este que estão lendo agora.

Retomo aqui, então, à frase inicial: Na crise, a oportunidade. A oportunidade de fazer diferente, de fazer a diferença. Na dificuldade, as grandes mudanças. Mudanças estas, que serão alcançadas a partir de um novo olhar perante o mundo. Na angústia, a criatividade, através da exposição da sua singularidade.

Artigo publicado originalmente na Revista ARRASO | Noivas  * edição n.54 *

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