Depoimento do Brou após completar a última etapa do Brasil Ride 2014, a maior ultramaratona de mountain bike da América Latina. Bruto demais!!
E você, quer ser feio? Então vai treinar!
Sem fingimento… (rs).
Blog sobre Estilo de Vida
Depoimento do Brou após completar a última etapa do Brasil Ride 2014, a maior ultramaratona de mountain bike da América Latina. Bruto demais!!
E você, quer ser feio? Então vai treinar!
Sem fingimento… (rs).
A quinta edição da Brasil Ride se deu por finalizada neste último sábado, 25 de Outubro, mas as recordações vão permanecer para sempre. Mais do que uma prova, uma etapa em sua vida! Uma experiência inesquecível tanto para os atletas, quanto para o staff e envolvidos de alguma forma. Foram sete intensos dias de muito suor, dor, companheirismo, momentos de sofrimento e alegrias na maior ultramaratona de mountain bike das Américas.
Na sétima e última etapa, a equipe Superior Brentjens Mountain Bike Racing conseguiu cruzar a linha de chegada em primeiro lugar e, assim, consagrou-se a grande campeã da prova, com os atletas Hans Becking e Jiri Novak. Em segundo lugar da etapa, ficou a equipe da Trek Factory Racing, formada por Ricardo Pscheidt e Sérgio Mantecón:
“Na classificação geral a gente não terminou muito bem, tiveram muitos altos e baixos. Num dia eu passei mal, em outro a gente se perdeu, na etapa de ontem o Sérgio estava passando mal… Então a gente não terminou bem na classificação geral, porém tivemos alguns dias de destaque: a vitória no primeiro dia no prólogo, a gente largou também no segundo dia com a camisa amarela de líder, no terceiro dia e no último terminamos em segundo na etapa. Fizemos alguns resultados muito bons dentro da competição, que foram muito importantes. No mais, foi assim um Brasil Ride bem especial para mim, tive a honra de competir ao lado do Sergio Mantecón, um dos maiores atletas a nível mundial, conheci pessoas muito legais e foi uma experiência muito especial para mim nesses oito, nove dias que agente esteve aqui na Chapada.” Comenta Pischeidt.
Mantecón complementa: “O que se confirma é o que diziam que é uma das provas mais duras do mundo, acho que todas as duplas tiveram um dia de crise, porque dia a dia você vai notando a fadiga, mas estou muito contente e satisfeito de ter terminado a corrida. Vou levar uma boa recordação da Brasil Ride.”
Já para o português Tiago Ferreira, que participa pela quarta vez da Brasil Ride e estava disputando fortemente pela liderança: “É um sabor amargo perder a camisa amarela no último dia, mas espero poder lutar pela vitória no próximo ano.”
Entre os melhores brasileiros, Henrique Avancini e Sherman Trezza da equipe Caloi Elite, conquistaram o título na categoria de melhor das “Américas”!
“Esse foi meu segundo Brasil Ride, mas esse ano posso dizer que eu sofri bem mais. Desde a segunda etapa, já mostrou isso, a temperatura muito quente, o próprio tempo das etapas mostrou isso, foram mais lentas, mais duras, muita areia, tempo seco e muito quente. Então é diferente, no ano passado a gente foi crescendo dentro da prova, a camisa amarela veio meio que sem a gente esperar e quando você pega a amarela a injeção de ânimo é com certeza bem maior. Esse ano a gente manteve a constância, em algumas etapas a sorte não andou muito do nosso lado, mas é normal, numa prova de sete dias tudo pode acontecer… Tentamos manter a constância e hoje viemos bem perto da disputa do título, a gente sabia que era muito difícil tirar esse tempo. Foi uma etapa muito rápida, que é difícil de você escapar, novamente, a gente teve um pouco de azar, furou o pneu, teve que parar para consertar e perdeu um pouco de tempo. Quando a gente montou de novo vimos que não dava mais para brigar pelo primeiro e segundo e a gente manteve a cabeça, começou a tocar um pouco mais na técnica, um pouco mais tranquilo, para evitar algum outro erro e poder segurar a terceira colocação. Acho que foi bom é uma nova experiência, andamos nesta vez pela camisa branca, em terceiro e foi bem diferente do ano passado.” Conta Sherman.
Avancini complementa: “Lógico que chegar na prova como os principais campeões é uma pressão a mais, é uma grande responsabilidade e eu acho que a gente correspondeu a responsabilidade que a gente tinha e lutamos pelo título até o final. Sempre na terceira e segunda colocação geral, chegamos na última etapa ainda com a possibilidade do título, não poupamos nosso físico em busca de um resultado melhor. Hoje, na última etapa, o Sherman acabou furando e a gente acabou perdendo um bom tempo na classificação geral, mas fechamos na terceira posição após os sete dias. Então, é um resultado expressivo, um bom resultado e eu saio feliz! É minha despedida da equipe também, da parceria que eu tenho com o Sherman, que não é só um parceiro de equipe, mas um grande amigo também. Então, pra mim foi uma semana de muito aprendizado, um grande crescimento, mental principalmente, e o Brasil Ride sempre é uma grande oportunidade de você se conhecer profundamente e esse ano não foi diferente. Todo dia você sobe na bike reclamando de dor, a partir do segundo dia isso vira rotina. Mas, quando você cruza a linha de chegada pela última vez, dá um vazio, amanhã não tem mais e faz falta!”
As mulheres brasileiras também conquistaram um grande destaque, com o time da seleção brasileira formado por Isabella Lacerda e Érika Gramiscelli, que conquistaram a vitória na última etapa e asseguraram o título de melhor time das Américas.
Na categoria master, o time Superior Brentjens, formado por Bart Brentjens e Abraao Azevedo, foi o campeão. Já, na categoria mista, o título ficou com o time Niner / Shimano, composto por Mateus Ferraz e Ivonne Kraft. E, na equipe feminina, o time norte-americano NoTubes / Ergon, formado por Sonya Looney e Nina Baum.
Também tiveram as categorias: Grand Máster, na qual o título ficou com Heleno Borges e seu companheiro Paulo Vasconcellos; a Nelore (destinada aos atletas com peso acima dos 90 quilos) com os campeões Robson Tavares Souza e Josias Jose e, também a categoria Corporativa, onde quem levou o título foram os 3 atletas que competiram em revezamento: Ernesto, Joaab e Divonei.
600km de muitos imprevistos, surpresas e boas lembranças. E, assim, se dá por finalizado mais um Brasil Ride. Parabéns aos guerreiros que participaram – sem fingimento – desta prova emocionante!