
O novo documentário da Netflix mostra o esquema de doping mais elaborado e bem sucedido da história do esporte. “Com algum conhecimento é possível fraudar alguns exames. Na verdade é muito fácil.” A frase dita pelo fundador do primeiro laboratório antidoping americano Don Catlin, logo no início do Filme dá uma amostra das incríveis revelações que surgirão no decorrer desse documentário.
O ciclista e cineasta Bryan Fogel inicia seu projeto em 2014 com intuito de provar que é possível burlar os maiores laboratórios antidoping do mundo, para isso ele resolve participar da Haute Route, uma das provas de ciclismo amador mais difícil do mundo dopando a si mesmo para melhorar a sua performance.
Para mascarar as aplicações de testosterona e EPO ele conta com a ajuda do diretor do laboratório antidoping russo Dr. Grigory Rodchenkov. Mais do que documentar a facilidade de enganar as autoridades antidoping, Bryan acaba testemunhando de perto o escândalo envolvendo o esquema de doping mais elaborado e bem sucedido da história do esporte. Onde uma nação inteira é acusada de utilizar o doping em seus atletas desde os anos 80 com total consentimento das autoridades e até do próprio presidente Putin. Esse escândalo fez com que uma boa parte dos atletas russos ficasse de fora das Olimpíadas do Rio.
Grigory Rodchenkov explica em detalhes como eles enganaram por anos o Comitê Olímpico com manobras sofisticadas para trocar as amostras de urina dos atletas, fazendo com que a Rússia se tornasse uma superpotência esportiva ganhadora de inúmeras medalhas em todos os jogos.
O filme me surpreendeu bastante e indico para todos os amantes do esporte. Documentário super bem feito e instigante. Mas, é uma pena isso tudo ainda faça parte da nossa realidade.
Confira o trailer:
- Mas, por quê ÍCARO?
Ícaro, na mitologia grega, era filho de Dédalo, um dos homens mais criativos e habilidosos de Atenas, conhecido por suas invenções e pela perfeição de seus trabalhos manuais, simbolizando a engenhosidade humana.Um de seus maiores feitos foi o Labirinto, construído a pedido do rei Minos, de Creta, para aprisionar o Minotauro. Por ter ajudado a filha de Minos a fugir com um amante, Dédalo provocou a ira do rei que, como punição, ordenou que ele e seu filho Ícaro fossem jogados no Labirinto. Dédalo sabia que a sua prisão era intransponível, e que Minos controlava mar e terra, sendo impossível escapar por estes meios. “Minos controla a terra e o mar”, disse Dédalo, “mas não o ar. Tentarei este meio”. Dédalo projetou asas, juntando penas de aves de vários tamanhos, amarrando-as com fios e fixando-as com cera, para que não se descolassem. Foi moldando com as mãos, de forma que estas asas se tornassem perfeitas como as das aves.Estando o trabalho pronto, o artista, agitando suas asas, se viu suspenso no ar. Equipou Ícaro e o ensinou a voar. Então, antes do vôo final, advertiu seu filho de que deveriam voar a uma altura média, nem tão próximo do sol, para que o calor não derretesse a cera que colava as penas, nem tão baixo, que o mar pudesse molhá-las. Eles primeiramente se sentiram como deuses que haviam dominado o elemento ar. Ícaro deslumbrou-se com a bela imagem do sol e, sentindo-se atraído, voou em sua direção, esquecendo-se das orientações de seu pai. A cera de suas asas começou rapidamente a derreter e logo Ícaro caiu no mar.Quando Dédalo percebeu que seu filho não o acompanhava mais, gritou:”Ícaro, Ícaro, onde você está?”. Logo depois, viu as penas das asas flutuando no mar. Lamentando suas próprias habilidades, chegou seguro à Sicília, onde enterrou o corpo e chamou o local de Icaria em memória de seu filho.
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