Beatriz Frias
Nestes últimos dias, comecei a ler um livro novo sobre gestão (que por sinal, gostei demais!). Com o título “Felicidade dá Lucro“, Márcio Fernandes consegue abordar seu novo modelo de fazer gestão nas empresas (e na vida), a gestão pela felicidade.
Parece brincadeira, mas não é. Finalmente, as novas gerações estão descobrindo que o trabalho pelo dinheiro não é suficiente. Até mesmo porque, segundo o autor, dinheiro não traz felicidade. Já, o inverso é verdadeiro, sim!
Para quem ainda não ouviu falar de Márcio Fernandes, ele foi nada menos que eleito o líder mais admirado do país pela revista “Você S/A”. Presidente da Elektro, o autor explica em seu primeiro livro como funciona sua Filosofia inovadora de Gestão, que valoriza as pessoas e torna os negócios mais sustentáveis. Experiência de quem é formado em administração de empresas, pós-graduado e com MBA em Finanças pela USP (Universidade de São Paulo).
Mas, então, onde eu quero chegar com isso? Quero chegar no ponto no qual me dou conta que, de uns anos para cá, é exatamente disto que estou em busca. Em busca do que me faz feliz, tanto profissionalmente, quanto no dia a dia, nas horas vagas, nos relacionamentos.
Veja bem, não estou falando de escolha ‘correta’, mas sim, daquela que pode me proporcionar algo que não se vende por aí, a felicidade. Por isso, gosto tanto de me cuidar, de comer de maneira saudável, de treinar, de pedalar, até mesmo de ir atrás dos meus trabalhos e projetos… Isto tudo me deixa extremamente feliz! E não há nada que algo ou alguém possa fazer por mim para substituir esta sensação de autorrealização. Pois isto, esta decisão depende – exclusivamente – de mim.
E, no final das contas, o que importa mesmo é se me faz feliz! Para isto, é necessário pensar e agir, primeiro, comigo mesma. Não, me desculpe, mas isso não é egoísmo. Como diria Fernandes: “Hoje, tenho plena consciência de que isso é o exercício da coerência.”
Pois é! O importante mesmo é a relação entre o que você fala e faz, a qual é a base de qualquer relação de credibilidade. Portanto, mais do que acreditar e falar, é necessário agir e agir com coerência.
Além disso, Fernandes comenta em seu livro que tem um orgulho danado daquelas pessoas que decidem lutar, mesmo sabendo que nem sempre vão vencer. Até mesmo porque sabe que nada está sob seu controle, tampouco sob o dos outros.
E o fato de lutar e ir em frente tem uma forte relação com pessoas que vão atrás e fazem, que se movimentam. De acordo com o autor, “Nossa felicidade mais íntima está, de fato, no movimento… Alvo parado é alvo fácil. Então, não pare nunca.”
O problema é que, muitas vezes, nós aguardamos uma resposta e uma certeza de saber para onde ir, na expectativa de receber uma fórmula, um guia, um modelo a seguir que, simplesmente, não existe. Pois é, isto mesmo. “A Filosofia da Gestão é como a vida, não dá para fazer um manual que contenha etapa por etapa”, complementa o líder.
Enfim, seremos mais felizes na medida em que agirmos em sintonia com o que acreditamos. Portanto, comece já a fazer algo novo e não deixe de acreditar em si mesmo (a). E, se o caminho parecer inviável, não se conforme. Improvise e busque outra saída.
Artigo publicado originalmente na Revista ARRASO *Edição 67*