O desenho animado não é dos mais novos, mas bastou somente o título para despertar minha curiosidade para conhecê-lo melhor: As Bicicletas de Belleville. Com uma proposta cult e totalmente diferente do que encontramos por aí, o filme foi indicado ao Oscar de Melhor Animação de longa-metragem, em 2004.
A ação é centralizada na figura de Champion, um menino parisiense tímido, solitário, adotado pela sua avó portuguesa (Madame Souza) e que só sente alegria quando está em cima de uma bicicleta. Percebendo a aptidão do garoto, sua avó faz o possível e o impossível para que o menino faça juz ao seu nome – Champion – no concorrido mundo das corridas de bicicletas e participe da Volta da França (Tour de France), principal competição de ciclismo européia e do mundo. Porém, durante a competição, Champion é seqüestrado por dois capangas da máfia francesa. Sua avó e seu cachorro Bruno partem então em sua busca, indo parar em uma megalópole localizada além do oceano, chamada Belleville.
Na verdade, a tradução literal do filme seria As Trigêmeas de Belleville (Les Triplettes de Belleville), referência a três estrelas musicais dos anos 30 que ajudam Madame Souza na incansável busca pelo filho raptado. Fiel às origens mudas do cinema, As Bicicletas de Belleville quase não traz fala nenhuma. Centraliza toda a sua força narrativa na hipnótica dinâmica do desenho animado, nos cenários bucólicos de uma Paris antiga, criação de personagens e ainda traz críticas que abordam a vida nas grandes metrópole e a obesidade, um dos fatores bem evidenciados.
O filme é para todas as idades! Não deixe de conferir aqui:
Beatriz Frias 